segunda-feira, 20 de abril de 2009

Ja a bastante tempo que nao tenho escrito nada para estes lados. Uma das razões que me leva a nao o fazer é por saber que se calhar ha muita gente que me conhece pessoalmente e me é chegada a ler estas coisas. No inicio comecei apenas porque me apeteceu, porque estava a falar para “ninguem” mas isso agora já não é bem assim. De qualquer das formas nao importa. Os que me conhecem bem já devem ter uma ideia daquilo que sou e do que me vai na cabeça. Só nao podem saber aquilo que eu tambem nao sei muito bem, que não é nada mais nada menos do que algumas questões que me coloco a mim mesmo e que tanto podem estar relacionadas com o amor, religiao, sociedade ou outra coisa qualquer. Por isso vou continuar a escrever a vontade até porque nao tenho segredos, mas irei falar de uma forma mais geral e menos pessoal.


Então vamos la ao tema de hoje: Sentimentos Vs Formalidades.
vou começar por explicar o que quero dizer com cada palavrinha do titulo.
Acerca da parte dos sentimentos acho que não há muito a dizer que ja não se saiba. Os sentimentos são aquilo que sentimos cá dentro, e que mais ninguém tem ideia porque são únicos em cada pessoa (no sentido de cada um apenas conseguir sentir os seus e não os dos outros). A parte que muito pouca gente consegue entender bem é que um sentimento não precisa de ter uma “etiqueta”. Se cada um sente de forma independente então a intensidade com que o fazem também varia muito de pessoa para pessoa. Não é exacto nem correcto dizer que tudo isto é quantificável e mensurável de forma exacta de como se tratasse de pesar batatas :P Quando as pessoas o fazem estão então a formalizar o que sentem, a por-lhe um titulo. Para já ainda mal consegui explicar o meu ponto de vista mas nada melhor do que usar um exemplo para o fazer.
Existe um rapaz e uma rapariga que já são amigos a muito tempo. Ela começa a sentir algo diferente por ele, talvez uma possível paixão, então lembra-se de dizer que gosta dele. Ele por acaso também já sentia algo assim por ela então decidem entrar oficialmente num namoro. Eu sou da opinião que a parte do namoro se trata apenas de uma formalidade para catalogar os sentimentos. Digo isto porque depois quando há problemas e acabam o sentimento na maior parte das vezes continua lá mas a parte formal não, o que leva as pessoas a agir baseando se mais nisso do que no que realmente sentem.

É por isso que agora prefiro deixar andar e não pensar nisso. Se me envolver com alguma rapariga terei a certeza que é amor pelo que sinto e não pelo titulo ou porque “acho que gosto de ti, queres namorar comigo?”.
Não acredito muito em amores à primeira vista, ou em amores que surgem mal se conhece uma pessoa nova. Isso costuma acontecer muito com aqueles que trocam de paixão como quem troca de cuecas (pressupõe-se que me refiro a uma pessoa que trate bem da sua higiene lolol).
Não tenho a mania dos hi5’s, nem de andar aí à pesca nas internets. Tudo aquilo que digo que possa soar a piropo digo-o porque é o que acho e não porque estou a tentar elogiar alguém para ver se também trinco qualquer coisa. Nem sei como é que isso cola.

Continuando a parte das formalidades. Um casamento para mim também é uma formalidade, e também se sabe que há muita gente que apenas continua casada sem o querer porque em vez de estar a seguir o que sente (ou neste caso o que deixou de sentir) está preso a uma formalidade. O crisma é para mim outra formalidade por exemplo. Há tantas por aí. Se calhar é por isso que não conseguimos ser tão naturais quanto gostaríamos, acabamos na maior parte das vezes por estar sujeitos a coisas assim. Ainda bem que a minha cabeça (ia escrever cabecinha mas soava a algo duvidoso) é capaz de pensar por si, e o coração capaz de sentir por si também.
Bem, por hoje fico me por aqui.


P.S.: Foto tirada na serra da Freita, Arouca.